quarta-feira, 17 de março de 2010

Vamos aprender um pouco mais sobre o autor Joseph Addison

Joseph Addison

"É uma grande presunção inscrever nossos sucessos como fruto de nossa própria gerência, e não avaliar nossos seres sob o prisma da benção, tomá-la como uma liberalidade dos céus, em vez de resultante de nossa própria aquisição de prudência."
No início do século XVIII, a cultura inglesa floresceu nas casas de café. Mas, nenhum dos clientes de tais casas tinha conversas tão distintas ou era um ensaísta tão encantador quanto o ex-aluno de Oxford, Joseph Addison. Nascido em 1 de maio de 1672, em Milston, Wiltshire, onde seu pai foi reitor, Addison teve uma longa carreira na política inglesa. Como um Whig compromissado, ocupou vários cargos, chegando a ser até mesmo Secretário da Irlanda e Secretário de Estado. Morreu em Londres aos quarenta e sete anos de hidropsia, em 17 de junho de 1719, e foi enterrado na abadia de Westminster.
O propósito do pensamento político, que se baseava numa Lei Natural irradiada da vontade divina e da igualdade política dos homens, estava na preservação de um governo limitado, consensual e constitucional e de uma sociedade livre e mercantil. A religião de Addison era a do alto-clero anglicano, que deu à sua linguagem teológica certa formalidade e ortodoxia que muitos leitores modernos podem achar estranhas.
Addison é lembrado, principalmente pela sua prosa magistral. Como escreveu Samuel Johnson: “quem quer que deseje alcançar um estilo inglês de escrita, familiar, sem ser áspero, e elegante, mas sem ostentação, deve dedicar-se dia e noite ao estudo de Addison.” A maior parte dos escritos de Addison foram publicados no The Spectator, um periódico popular fundado por seu amigo Richard Steele. Addison utilizou esses ensaios leves e, muitas vezes, gentilmente satíricos para educar os mercadores e artesãos da emergente classe média inglesa – que ele denominou de “condição mediana” – nos costumes e nas condutas morais necessárias à adquirir estabilidade e legitimidade na estrutura social inglesa. Nas palavras de C. S. Lewis, os ensaios de Addison repousam firmemente no “terreno comum da vida” e lidam com “ coisas medianas.”
Ao fazer dessa forma, Addison descreveu as virtudes que as pessoas necessitavam possuir numa sociedade comercial. Como recomendava, tais pessoas deveriam ter a coragem de assumir riscos econômicos necessários a uma próspera economia de mercado. Além disso, deveriam ser diligentes na prática de suas vocações, frugais ao conduzir as próprias vidas e filantrópicos na gerência de suas propriedades, sendo, dessa forma, bons administradores das bênçãos de Deus. Tais pessoas deveriam ser absolutamente honestas. Nas palavras de Addison: “Não há homem mais impróprio para ser empregado no comércio do que aquele que, em algum grau, é capaz de corrupção.”

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